Antonia's Line (1995)

Realização: Marleen Gorris
Argumento: Marleen Gorris
Elenco: Willeke van Ammelrooy, Jan Decleir, Veerle van Overloop
Género: Comédia, drama
País: Holanda, Bélgica, Reino Unido

Marleen Gorris, a realizadora, que também filmou The Luzhin Defense, com John Turturro e Suzy Watson, assim como Mrs. Dalloway, de Virginia Wolf, com Vanessa Redgrave, recebeu o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1996 com esta obra.

A história da protagonista, matriarca que agrega à sua volta um grupo que celebra a liberdade e a amizade, recebeu as melhores críticas. O tema do lesbianismo surge aqui num contexto diferente do habitual. Vale a pena procurar a versão legendada. 

And then came Lola (2009)

Realização: Ellen Seidler, Megan Siler
Argumento:Ellen Seidler, Megan Siler
Elenco:  Ashleigh Sumner, Jill Bennett, Cathy DeBuono
Género: Comédia, drama, romance
País: USA

Ganhou o prémio do público do Tampa International Gay and Lesbian Film Festival, em 2009. Rápido e bem humorado, vai buscar uma série de clichés da comunidade lésbica, apresentados de forma ligeira. Um bom filme, embora não se entenda muito bem por que razão usa o nome da personagem de outra película, Run Lola Run, a animação entre cenas e outros detalhes que nos fazem pensar na originalidade da obra.

A Marine Story (2010)

Realização: Ned Farr
Argumento: Ned Farr
Elenco:  Dreya Weber, Paris P. Pickard, Anthony Michael Jones
Género: Drama
País: USA

A interpretação de Dreya Weber conquistou um prémio (Melhor Actriz) no FilmOut de San Diego, em 2011, e o filme foi nomeado para a Gay and Lesbian Entertainment Critics Association (GALECA) de 2010. Apesar disso, o argumento é débil e a realização deixa a desejar.
A história de uma marine deve ter acrescentado interesse a este filme, que se vê com facilidade, mas nada traz de novo.

A love to keep (2006)

Realização: Juan Carlos Claver

Argumento: Juan Carlos Claver, Agustín Madariaga

Elenco: Carme Elias, Susi Sánchez, Julieta Serrano

Género: Drama

País: Espanha

A história terrível de duas jovens professoras que se apaixonam durante a ditadura de Franco, em Espanha. Em consequência disso, uma delas é internada pela família numa clínica psiquiátrica, onde é sujeita a electrochoques. O reencontro entre as duas, mais tarde, é inevitável. E ambas têm de lidar com as consequências da violenta terapia a que normalmente se sujeitavam as mulheres "rebeldes". Um filme premiado e a não perder.

Alice in Wasteland (2006)

Realização: Lasse Jarvi, Pete Schuermann
Argumento: Michele Pacitto
Elenco: Roxane Sondrup, Michelle Beisner, Kurt Bauman
Género: Acção
País: USA

Duas garotas mal comportadas escapam da prisão para se meterem em sarinhos nas ruas de Detroit. Uma delas, Alice, acorda de um coma para descobrir que está na prisão e é a única sobrevivente de um assalto. Na fuga, é perseguida por uma polícia que vai aprender o que é bom lá para o final do filme. Muita energia, apesar de ser um filme de orçamento limitado. A ver.

Breaking the girls (2013)

Realizador: Jamie Babbit
Argumento: Mark Distefano, Guinevere Turner
Elenco: Agnes Bruckner, Madeline Zima, Shawn Ashmore
Género: Suspense, Policial, Drama, Romance
País: USA

Quase enfadonho de início, só começa a ganhar fôlego no último terço e ganha com um final quase inesperado. Mas o desempenho dos actores é fraco e quase nos faz desistir de o ver. Sara, a protagonista, é vítima de uma colega que tem ciúmes da atracção que o namorado sente por ela. É quando conhece uma jovem e rica herdeira, que lhe propõe trocarem crimes para não serem descobertas. Uma ideia longe de ser original, para um filme que serve para passar algum tempo se não houver mais nada para ver.

Cracks (Inocência Roubada) (2009)

Realização: Jordan Scott
Argumento: Ben Court, Caroline Ip, Jordan Scott, Sheila Kohler(livro)
Elenco: Eva Green, Juno Temple, María Valverde
País: Reino Unido
Género: Drama, suspense

Mais uma incursão pelos ambientes dos colégios internos e as experiências de um grupo de jovens sonhadoras e influenciáveis. O tema do lesbianismo nestes cenários é recorrente. Apesar disso, está bem tratado e o desfecho, embora previsível, é convincente.

Amour de Femme (2001)

Realização: Sylvie Verheyde
Argumento: Sylvie Verheyde
Elenco: Hélène Fillières, Raffaëla Anderson, Anthony Delon
País: França
Género: romance, drama

Um excelente filme de Sylvie Vergeyde, com excelentes interpretações e uma grande história de amor. O casamento perfeito e a família perfeita podem não resistir a uma paixão inesperada. Bom ritmo e bom final.

Die Leibwächterin (A Guarda-Costas) (2005)

Realizador: Markus Imboden
Argumento: Harald Göckeritz
Elenco: Ulrike Folkerts, Barbara Rudnik, Peter Kremer
País: Alemanha
Género: Policial, romance

Um telefilme com qualidade, boa história e boas interpretações. Mona, uma eficiente guarda-costas é chantageada para ceder informações sobre uma política (Johanna) cuja protecção está a seu cargo. As medidas anti-tabagistas defendidas por Johanna não colhem simpatias. A atracção entre as duas parece complicar tudo ainda mais. Bom final.

Flores Raras (2013)

)

Realização: Bruno Barreto
Argumento: Matthew Chapman, Julie Sayres Carmen L. Oliveira e Carolina Kotscho
Elenco: Glória Pires, Miranda Otto, Tracy Middendorf, Treat Williams, Marcelo Airoldi
Género: Drama, romance
País: Brasil

Sobre o romance da poeta norte-americana Elizabeth Bishop e a brasileira Lota de Macedo Soares, é um filme bonito e bem conseguido. Bishop e as suas fragilidades ocupam a maior parte da visão de Bruno Barreto, mas é a figura de Lota que deixa vontade de saber mais sobre a mulher que, durante a ditadura brasileira e numa época em que pouco se permitia no feminino, não fez segredo das suas ligações com outras mulheres. Curiosa escolha de Bruno Barreto, esta secundarização da Lota interpretada por Glória Pires, num filme quase todo falado em inglês e onde o português surge esporadicamente, só para validar a localização da trama no Brasil.

Baseado no livro de Carmen Lúcia de Oliveira, Flores Raras e Banalíssimas.

Kill for me (2013)

Realização: Michael Greenspan

Argumento: Christopher Dodd, Michael Greenspan, Christian Forte 

Elenco: Leah Gibson, Torrance Coombs, Shannon Chan-Kent

Género: Drama. Suspense

Embora seja mais um policial do que um filme lésbico, a relação entre as duas intérpretes principais é um dos condimentos essenciais ao desenrolar da história. Bem construído, o argumento é frágil e parece apoiar-se no abuso masculino para justificar, de certo modo, a intimidade de duas mulheres e as suas acções.

La vie d'Adèle (2013)

Realização:  Abdellatif Kechiche
Argumento: Julie Maroh (banda desenhada), Abdellatif Kechiche (adaptação) e Ghalia Lacroix (adaptação)
Elenco:  Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos, Salim Kechiouche
Género: Drama, Romance
País: França

Apresentado em Cannes 2013,  filmado por um franco-tunisino, conta a história de Adèle, aluna do liceu, que vive a descoberta do amor. A atracção por raparigas, que lhe custa assumir, mas acaba por ser a sua escolha, mesmo com a ameaça da exclusão. Um filme baseado na banda desenhada "Le bleu est une couleur chaude" ("O azul é uma cor quente") de Julie Maroh. A não perder.

Bar Girls (1994)

Realização: Marita Giovanni
Argumento: Lauran Hoffman (peça), Lauran Hoffman (guião)
Elenco: Nancy Allison Wolfe, Liza D'Agostino, Camila Griggs
Género: Drama, Romance, Comédia
País: USA

Muito ao jeito dos anos 90, a fazer parte de uma vaga de filmes de temática lgbt que surgiu no início da década, esta obra de Marita Giovanni segue a vida de várias lésbicas que se encontram e socializam num bar local. Baseado na peça homónima de Lauran Hoffman. Tem os seus encantos e, sobretudo, não perder as cenas de dança (um estilo...).

Backstage (2005)

Realização: Emmanuelle Bercot
Argumento: Emmanuelle Bercot, Jérôme Tonnerre
Elenco: Emmanuelle Seigner, Isild Le Besco, Noémie Lvovsky
Género: drama, romance
País: França

Um canal de televisão resolve filmar a visita de uma artista, Lauren, a casa de uma fã, Lucie. Esta, uma adolescente deslumbrada pela figura da cantora, resolve segui-la até Paris. As duas acabam por se envolver numa relação de dependência doentia, em que Lucie tem bem mais a perder do que a sua diva. Um filme sobre duas personalidades fracas e confusas no meio da indústria musical, em que nenhuma das duas importa verdadeiramente e tudo é consentido em nome do negócio do espectáculo. Vale a pena, apesar da história ser sombria e algo deprimente.

High Art (1998)

Realização: Lisa Cholodenko
Argumento: Lisa Cholodenko
Elenco: Radha Mitchell, Gabriel Mann, Ally Sheedy
Género: Drama, Romance
País: USA

Syd trabalha numa revista de fotografia. Uma infiltração na casa de banho leva-a a procurar a vizinha de cima, Lucy, e a descobrir as suas fotografias. Quando fala nelas na revista, fica a saber que Lucy é, afinal, uma fotógrafa bem conhecida.
Num encontro com os responsáveis pela publicação, Lucy é convidada a fazer um trabalho para a capa e aceita, exigindo que Syd trabalhe com ela, como editora. Num fim-de-semana passado em conjunto, as duas acabam por se envolver e Lucy fotografa Syd. Mas a história das duas está ensombrada pelo consumo que Lucy faz de drogas e pela namorada que veio com ela da Alemanha.
Filmado de forma quase experimental, muito de acordo com a história e os seus personagens, é um belíssimo trabalho de Lisa Cholodenko, realizadora premiada pelo trabalho deste filme e pela interpretação de Lucy por Ally Sheedy. Chodolenko foi também a autora de The Kid's are all right (2010), baseado na sua experiência pessoal com a sua companheira de longa data, Wendy, com quem partilha um filho gerado com a ajuda de um doador de esperma.